terça-feira, 25 de agosto de 2009

A DOR DA PERDA ...

Assim que decidimos construir uma família, não demorou mais que três meses e eu engravidei. Na época, estava cursando o último ano de Letras e estava dando aulas em dois colégios do Estado.

Ficamos muito felizes com a noticia, e como na época estava sem convenio médico, comecei a fazer o pré-natal no hospital do servidor público estadual.


Lá é tudo muito demorado, antes de agendar a primeira consulta com o obstetra, eles marcam um cursinho de orientação para as mamães, e no dia do cursinho um médico solicita alguns exames para que seja levado na primeira consulta de pré-natal.


Fiz os exames de sangue que me foi solicitado e mais ou menos quando já estava de 6 semanas, passei em minha primeira consulta com o obstetra. Logo em minha primeira consulta já me foi solicitado uma ultrassonografia, agendei para duas semanas depois. Acordamos cedo, o Fábio e eu, estavamos anciosos para ver o bebezinho no monitor, mas assim que começou o exame, notei que o semblante do médico não estava normal, perguntei se estava tudo bem com o bebê, e ele me disse que eu poderia não estar grávida, ou estava de pouquissimo tempo, pois não dava para escutar os batimentos cardiacos do feto. Me pediu para retornar duas semanas depois.


Voltamos na data marcada e novamente o feto estava sem batimentos cardiacos, me foi solicitado fazer mais uma outra ultra após uma semana, e nesta última foi constatado que o feto estava morto, eu já estava de quase 10 semanas e o médico solicitou que me internassem para retirada do feto.


Decidimos retornar no dia seguinte, pois estavamos muito abalados com a noticia. Passei os piores dias de minha vida ... cheguei no hospital às 7:00 da manhã em jejum de 12 horas, já com a cartinha da médica para me internar, mas só fui para o quarto às 16 horas da tarde, fiquei este tempo todo em jejum e no corredor do pronto-socorro, chorava muito e o Fábio ficou o tempo todo do meu lado, me dando forças para aguentar até o final. Os médicos acabaram deixando para fazer a curetagem somente no dia seguinte. Fiquei internada durante quatro dias, em um andar onde haviam várias mamães com seus bebes, chorando, foi terrível, não desejo isto à ninguém, fiquei um bom tempo deprimida, larguei a faculdade e não queria mais sair de casa.


Não existem palavras, línguas, gestos ou mesmo pensamentos que possam expressar a dor da perda!

Um comentário:

  1. oie amiga...
    primeiramente que legal achar esse bloguinho do seu baby...
    bom amiga, olha eu as vezes passo por fases, acho que é isso que estou passando.Bom vc leva sorte que vc tem seu marido com vc te apoiando.O meu é terrível menina, totalmente sem coração.
    mas amiga desculpe a pressa....mas li suas palvrasm, e add seu email.Obrigada pela força...
    beijos

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