








Aos dois meses a pediatra pediu para que dessemos a Vacina Antipneumocócica Conjugada Heptavalente, mas o problema é que esta vacina não é fornecida pela rede pública de saúde e para piorar, esta vacina é administrada em três doses e mais um reforço. A primeira dose é oferecida no segundo mês de vida, a próxima aos quatro e seis meses. O reforço é feito aos quinze meses, e cada dose custa em torno de 250,00 reais, então sem chances de darmos estas vacinas, pois meu esposo tinha acabado de arrumar um emprego e estavamos super apertados, conversamos com a pediatra e ela disse que tudo bem, mas que deveriamos tomar mais cuidado com o bebê e nos deu algumas dicas.
Nossos primeiros dias foram bem tranquilos, quase não senti dor, então não deixei que fizessem nada por mim ... eu mesma quiz dar os primeiros banhos no bebê, lavar sua roupinha e limpar minha casa. Minha mãe ficava doida da vida por eu não deixá-la me ajudar.



Depois da meia-noite nos trouxeram ele, foi uma emoção muito grande, poder carregá-lo pela primeira vez, ficamos os dois, meu marido e eu disputando quem pegava ele primeiro.
Não sei se mencionei anteriormente, mas escolhi fazer uma cesariana, pois sou muito medrosa e após analisar os prós e os contras achei que seria o melhor. Ficamos um bom tempo no quarto aguardando meu médico chegar, e por volta das 19:00 horas a enfermeira foi me buscar, meu esposo desceu comigo para o centro cirurgico, mas chegando lá nos separamos, pois ele teria que se preparar. Entrei na salinha de espera e fiquei aguardando com outras grávidas uns 30 minutos, estava muito anciosa mas nada do meu médico chegar.
De todas as grávidas que aguardavam na salinha eu fui a última a entrar ... já não estava mais aguentando de tanta anciedade e medo. Olhava para todos os lados procurando pelo meu esposo, e nada dele, até que perguntei para a enfermeira e ela me disse que ele estava se preparando.
Meu médico chegou e logo me levaram para a sala de parto, me prepararam e deram a anestesia, então fiquei mais calma. Não sentia dor nenhuma, só estava com medo mesmo.
Logo meu esposo chegou, super nervoso, não conseguia nem segurar direito a câmera fotográfica nas mãos, não demorou nem dois minutos e o médico falou:" - Corre papai, que tá nascendo."
Foi uma emoção muito grande escutar o primeiro chorinho do bebê, fiquei muito emocinada, trouxeram o bebê para eu olhá-lo, mas como estava sem óculos, não consegui ve-lo direito, entao pedi para colocá-lo bem pertinho de mim, deu um beijinho nele e logo o levaram para o banho de luz.
Depois comecei a sentir frio, falta de ar e uma vontade de vomitar, os minutos que se passaram foram os mais longos de minha vida, minha sorte é que meu marido estava o tempo todo ao meu lado, segurando minha mão me dando força. Logo depois me levaram para uma sala de recuperação e fiquei lá até a anestesia passar e conseguir mexer os dedos dos pés.
Estava anciosa para ir para o quarto, pois queria ficar junto do meu filhote e do meu marido.


Resolvemos esperar um pouco para uma nova tentativa, criar coragem. E depois de uns oito meses, decidi parar de tomar o AC. Não conseguimos logo no primeiro mês, então resolvi calcular o periodo fértil e depois de dois meses de tentativas, conseguimos...
Assim que decidimos construir uma família, não demorou mais que três meses e eu engravidei. Na época, estava cursando o último ano de Letras e estava dando aulas em dois colégios do Estado.
Nunca fui destas adolecentes que sonham em casar e ter filhos. Sempre deixei a vida me levar.
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